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Agradando

Agradando

25
Mai23

IA - Inteligência Artificial

Leite Pereira

IA - Inteligência Artificial

Desde que a Inteligência Artificial se revelou e vulgarizou nas nossas vidas, pondo em causa os nossos hábitos, conceitos e preconceitos.

Desde que IA passou a figurar no ecran de todos nós, sobre a vida de todos vós.

Desde que IA passou a preconizar, alertar e orientar os nossos caminhos, desejos, ambições, fracassos e humilhações.

Desde que a IA nos passou a influenciar sobre uma parafernália de conceitos e soluções que desconhecíamos e para a qual não estamos preparados e muito menos alertados.

Desde que a IA passou a existir à cerca de 50 anos, com o início da robotizacão, controlada e monitorizada, mas agora, sem nos apercebermos, já nos orienta sobre o que devemos comer, vestir, chorar ou sorrir e, acima de tudo, decidir por nós o que devemos pensar sobre vós sem sabermos porquê.

Vejam o que se passa a nível internacional e porquê. Vejam o que se passa a nível nacional e porquê.

Penso que devemos estar muito atentos, reservados mas informados, antes que seja tarde demais.

20
Mar23

Repasto de Imperadores e Czares

Leite Pereira

 

Mudaram-se os tempos, mas não se mudam os hábitos dos grandes Senhores que dominaram e dominam o tempo e as pessoas, na realização de grandes banquetes, providos ao longo da história por monárquicos, imperadores e, mais recentemente, por chefes de estado, mais ou menos democráticos. Vem isto a propósito da visita que hoje o “Imperador “ chinês está a fazer ao seu homólogo e amigo “Csar “ russo durante três dias, e deverificar o repasto da primeira refeição:

“… Foi servido um jantar de sete pratos. A entrada foi um aperitivo à base de frutos do mar vindos do Extremo Oriente, panquecas de codorniz e cogumelos e sopa de esturjão acompanhada por torta e sorvete de romã.

O prato principal foi carne de veado com molho de cereja ou salmão branco siberiano do rio Pechora, acompanhado com legumes.

Para sobremesa, os líderes da Rússia e da China comeram uma Pavlova.

Foi ainda feita uma seleção de dois vinhos da região russa de Krasnodar, para acompanhar toda a refeição”.

Como é óbvio nada tenho haver com o que cada um come, ou deixa de comer, só me choca é a principal razão destes encontros, ou seja, falar sobre a guerra que está a destruir um país, a chacinar milhares de militares e civis, a provocar a fome e a fuga de milhões de pessoas e o empobrecimento e sufoco financeiro de muitos países. Só isso, literalmente só isso!

19
Mar23

Dia dos bons Pais

Leite Pereira

 

Ser pai, foi, é e será sempre para mim, muito mais que um simples progenitor, um simples gerador capaz de gerar um ser humano. Ser pai é assumir-se como tal e acompanhar uma criança, gerida ou não por si, com amor, trabalho, dedicação e responsabilidade para sempre. E mesmo que tenha sido um mau filho, não o inibe nem o desobriga de ser um bom pai .

Para além dos preconceitos, raças, culturas, políticas e religiões, o conceito paternal deverá ser sempre o mesmo.

A este propósito, perguntei hoje ao Chat GPT sobre o que “pensa “sobre o dia pai, e a resposta não foi nada artificial:

“O Dia do Pai é uma ocasião especial dedicada aos pais e celebra-se em diferentes datas, dependendo do país. No Brasil, é comemorado no segundo domingo de agosto, enquanto em Portugal e em muitos outros países é celebrado no dia 19 de março, dia de São José, padroeiro dos pais. Esta data é uma oportunidade para demonstrar amor, gratidão e reconhecimento pelos nossos pais, e para celebrar a importância das figuras paternas nas nossas vidas. Através de presentes, mensagens, abraços, beijos ou simplesmente dedicando-lhes tempo, honramos os nossos pais e recordamos tudo o que eles têm feito por nós ao longo dos anos. O dia do pai é uma ocasião para valorizar o grande amor e dedicação que os pais têm pelos filhos, e para retribuir esse amor de uma maneira especial e significativa”.

Parabéns a todos os bons pais, principalmente para o meu que o foi por amor e convicção!

12
Mar23

GPT - Inteligencia Artificial

Leite Pereira

 

Gosto e preciso de pensar, quando se trata de recordar ou de reflectir sobre uma tomada de decisão relativa a assuntos vivenciados e experimentados. Já quanto a formalizar  conceitos sobre um tema que não saiba ou não domine, pergunto a quem saiba, ou a quem penso que saiba. Mas se souber que ninguém sabe? Este foi sempre e ainda é o dilema do ser humano mas, num futuro muito próximo, teremos respostas para tudo e para todos através da INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL. Para já, ainda que em embrião e de uma forma muito tímida e indecisa, aqui vos deixo a reposta que o Chat GBT me deu à seguinte pergunta:

 

QUAL A RELAÇÃO HOMEM/IGREJA?

 

“Como uma Inteligência Artificial, não sou capaz de defender uma religião ou doutrina em particular, e nem estou programada para emitir opiniões ou emitir juízos de valor. No entanto, posso te explicar algumas perspectivas gerais que algumas pessoas podem ter a respeito deste assunto.

 

Basicamente, há uma grande diversidade de igrejas e religiões, com diferentes crenças e valores, portanto, os benefícios práticos dependem muito do ponto de vista individual. De modo geral, algumas pessoas buscam as igrejas para encontrar conforto espiritual, conexão com a comunidade, apoio moral e ético, inspiração para enfrentar dificuldades, uma estrutura para organizar a vida e a rotina, entre outros. Para outros, as práticas religiosas e as doutrinas podem fornecer um sentido de propósito e direcção, ou até mesmo um caminho de auto conhecimento.

 

Muitas igrejas também realizam ações caritativas e promovem ações comunitárias, seja por meio de doações, acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade, ou outros tipos de atividades sociais, o que pode ajudar a melhorar a vida de muitas pessoas.

 

No entanto, também é importante lembrar que, assim como qualquer instituição humana, as igrejas não estão imunes a problemas como corrupção, abuso de poder, falta de transparência, entre outros. Além disso, a liberdade religiosa e a crença de cada indivíduo devem ser respeitadas, e as igrejas não devem impor suas crenças a outras pessoas ou grupos.

 

Portanto, os benefícios práticos da igreja são muito relativos e dependem do ponto de vista pessoal. Algumas pessoas encontram nelas alento e apoio, enquanto outras podem não se sentir representadas por essas instituições.”

Num futuro muito próximo, ninguém precisara dos outros para pensar.

05
Mar23

"cheira a bispo"

Leite Pereira

 

" cheira a bispo"

No início da década de 60, após ter finalizado a escolaridade obrigatória, a chamada quarta classe, resolvi que aquela pitoresca mas pequena aldeia, instalada no sopé da Serra da Ourada, concelho de Cabeceiras de Basto, já nada mais me podia assegurar, no que concerne à continuação de estudos e oferta de profissões, pese embora os meus pais, mais uma vez, tudo fazerem para que eu seguisse a sua profissão de alfaiates, o que só as minhas persistentes lágrimas de resistente os conseguiram demolir.

E foi assim que saí daquela casa que me viu nascer, mas nunca mais me viu viver, e fui para a casa da minha avó “Miquinhas”, mãe do meu pai, que vivia na “Bila” a cerca cinco quilómetros dali.

E ontem, ao ver e ouvir mais uns episódios sobre a igreja, agora relativos a alguns dos seus Bispos, fui transportado aos cheiros e sabores na casa da minha avó e recordar-me daquele dia em que senti aquele cheirinho a estrugido, tipicamente minhoto e perguntei à minha avó :

Avó, cheira tão bem, o que é? Ao que ela me respondeu que era o arroz que eu tanto gostava e que  apelidava de “arroz da avó”, um arroz castanho, aveludado e de um sabor que só ela sabia fazer.

Mas quando fomos para a mesa, a minha avó, com um olhar triste e comprometedor, virou-se para mim e disse:

- Manel, hoje a tua avó descuido-se e o teu arroz ficou a “cheirar a bispo”.

- A cheirar a bispo? O que é isso, avó?

- É quando a comida, neste caso este arroz, fica “esturrado “, meio queimado e agarrado ao fundo.

Pois eu não sei se foi por ver os olhos tristes da minha avó, ou por tanto gostar daquele arroz, que nunca me soube tão bem!

Tudo isto vem a propósito de tanto se falar em Bispos nestes últimos dias, só que os cheiros que daí provêem não são envolventes, não são amigáveis, não são protectores, não são degustáveis e não são justos. É pena!

 

 

13
Fev23

Deus e Diabo

Leite Pereira

Deus e o Diabo

 
Será que Deus e o Diabo se conhecem, dialogam e partilham estratégias? Quero crer que não, um não tão categórico e conhecedor como um sim, este também esvaziado do conhecimento destas figuras, coisas, forças ou fraquezas. Por vezes me interrogo sobre esta espécie de relação de poder  entre Deus e o Diabo, senão vejamos: 
 
Todas as imagens que diariamente nos chegam de outros países, singindo-me apenas ao novíssimo século XXI , nomeadamente da Ucrânia, Síria, Turquia, Paquistão, Arzebeijao , irão, Afeganistão e outros, só podem ser provocadas pelo Diabo, ou pela acção diabólica dos mafiosos, sanguinários e sádicos líderes desses conflitos, motivados pela ganância do poder, do dinheiro e das crenças religiosas, nos mostram diariamente destruição e morte, que nos despertam para a insignificância do comum dos humanos, perante a enormidade de morte e destruição. São milhões, muitos milhões de mortes, maioritariamente de pobres inocentes, que servem de peões de xadrez para algumas dezenas de diabos fanáticos que, em muitos casos, tiveram e têm o conluio e ou beneplácito das igrejas e dos seus representantes. 
 
Por outro lado, as imagens, igualmente chocantes, consternadoras e preocupantes, também nos chegam dos mesmos países da Turquia e da Síria mas, desta vez, provocadas pela acção da natureza, gerida pelo pelouro de Deus. Será absurdo, concordo, mas também injusto quando se agradece a Deus tudo o que de bom acontece, todas as bem-feitorias, todas as coisas belas e ricas e o contrário de tudo isto, debita-se o ónus ao pobre diabo que, por ter uns desconfortáveis cornos e umas costas largas, suporta toda a ira e desilusão dos desassossegados. Mas outras mortes, milhões de mortes, são assacadas a este pelouro, como sendo as dos incêndios, inundações, secas, furacões, ciclones, doenças e epidemias. Muito haveria para escrever sobre estes fenómenos mas, para isso, era preciso que eu soubesse. Não por falta de conhecer de quem pensa que sabe e não por falta de conhecer as consequências mas, principalmente, a razão e as suas origens. 
 
 
27
Jan23

Desassombrados

Leite Pereira

 

 

1 - A propósito das Jornadas Mundiais da Juventude que se irão realizar no mês de Agosto, em Lisboa, podia e espero que ainda possa ser, um momento lúdico para que milhares de jovens de todo o mundo possam conviver e conhecer melhor a nossa cidade, os nossos costumes, a nossa gastronomia (esperando que a organização não se acomode em lhes distribuir apenas fastfood ), o nosso sol, a nossa língua e a nossa história.
 
2 - Ao invés de se pensar essencialmente nos jovens, os nossos políticos, talvez ainda demasiadamente arreigados aos seculares princípios da Igreja, muitos dos quais controversos, mesmo para os que comungam dessas doutrinas, os políticos, penso eu, mais papistas do que o Papa, alavancam senhoriais obras em nome da "Santa Igreja" como se vivêssemos ainda nos obscuros séculos em que os Senhores do Reino tudo faziam para a purificação das almas, em detrimento da putrefacção dos corpos. 
 
3 - Modernizar as cidades e devolvê-las aos cidadãos que as custeiam, é legítimo e de louvar. Transformá-las em palcos, de pala ou sem pala, que servem mais os palcos dos políticos do que o palcos dos eclesiásticos e à pala dos desasombrados, penso que não! 
 
4- Se um palco é um local onde os atores representam, o que vão representar os milhares de bispos neste faraónico, magnânimo e ronaldesco palco? Será que estes clérigos não são convidados para ver, mas para serem vistos? Claro que vou pagar a minha parte como cidadão de bem que me considero, mas, obviamente, sob protesto para que possa livremente reclamar e criticar! 
 
 
 
28
Dez22

Olimpo

Leite Pereira

 

Olimpo
 
 
O absolutismo, o totalitarismo e o centralismo, são formas de chefiar, legislar e governar, normalmente controlando os poderes políticos instalados. 
 
Com estes sistemas, transversais às monarquias e às repúblicas, pouco muda na relação mandante e mandado. Os primeiros impõem, os os segundos cumprem. 
 
Foi sempre assim porque somos um povo de brandos e pacíficos costumes, um povo de bem servir e de subserviência, um povo prostrado que faz do seu estado, um estado sagrado. A todos servimos, respeitamos e contribuímos. Para todos trabalhamos e com pouco vivemos. 
 
E porque somos assim, genética e historicamente assim, nos usam, nos consomem, nos vergam e nos envergonham. 
 
Nos chamados cofres do estado, entra o esforço de quem trabalha, poupa e investe, para servir os que precisam de aprender, de se curar e de se proteger e não servir para se servirem dele como meio de enriquecimento ilícito, abusivo, ou simplesmente imoral. 
 
É disto que temos visto e ouvido, é isto que temos de combater, não aceitando, não nos calando. 
 
Um governo, seja ele qual for, não pode ser o Olimpo onde moram todos os deuses que se governam, mas sim um local de eleição onde moram todos os eleitos que nos governam. 
 
 
 
 
 
 
 
28
Dez22

Excessos

Leite Pereira

 

Excessos

 

A tradicional consoada, que noutros tempos servia de pequena refeição noturna durante o jejum, repetiu-se mais um ano, assim como se repetiu a pequena refeição em muitos lares e de autênticos banquetes na maioria dos outros onde felizmente me incluo com algumas reservas. 
 
 
Após a consoada, também se repete a tradicional distribuição de prendas, talvez em memória de São Nicolau que gostaria de presentear as crianças. 
E porque ainda beneficiamos da companhia de crianças de tenra idade, como um dos netos, iniciou-se  ainda muito antes da meia-noite, a estratégia de quais os patriarcas a iniciar a distribuição das prendas. 
 
 
 
A esse respeito recordo o que me dizia, em surdina, esse neto, muito antes do natal, que tinha pedido ao pai natal um peão e um carro do "patrulha pata" tão somente isso. E a todos os amigos e restantes familiares que lhe perguntavam o que é que tinha pedido ao pai natal, a resposta era sempre a mesma: um peão e o carro do "patrulha pata".
 
 
 Parecendo razoável a satisfação deste desejo, logo assumi a figura universal de barbas brancas, criada pelos vendedores de sonhos de todo o mundo. E o desejo daquele inocente e ternurento sorriso, provocou a azáfama da correria habitual da época. 
 
 
Coube ao caçúla o protagonismo da distribuição das prendas e que, por ainda não saber ler, foi coadjuvado pela sua mãe, que lhe indicava o destinatário. E foi surpreendente ver a sua reação de cada vez que abria uma das suas prendas, observavando-a e colocando-a de lado, com alguma irreverencia de desagrado. E foram muitas, excessivamente muitas, as que foram alvo deste contentamento descontente, até que surgiram as que tinham um peão e o carro da "patrulha pata". Aí, a alegria de contentamento, foi contagiosa, até que alguém lhe perguntou: então não gostaste das outras prendas? Ao que ele, com a sua imaculada e cândida opinião, responde: não, essas não são as prendas que eu  pedi ao pai natal. 
 
 
Um Bom Ano de 2023 para todos 
 
 
 
 
21
Dez22

Filhos de um Natal menor

Leite Pereira

Filhos de um Natal menor

Naquela noite, na s/cave de um prédio em ruínas, Alisa tentava explicar aos seus três filhos, de cinco, oito e doze anos, porque razão os tinham privado de luz e gás para se aquecerem, água para beberem e comida para comerem. Mas não era fácil, até porque os dois mais novos, a Alyona e o Budny, jamais a compreenderiam.

 
- Mãe, perguntou Budny, este ano o Pai Natal não vem a Irpin? 
 
- Não, respondeu Alisa, já com os olhos em lágrimas, lágrimas de dor, de impotência e de medo, medo de morrer como aconteceu à maioria dos seus familiares e amigos e deixar aquelas crianças ainda mais abandonadas. 
 
- Mas porquê, insistiu Budny com os seus olhinhos cor de topázio.
 
- Portamo-nos assim tão mal, mãe?
 
- Não, respondeu Alisa, o Natal é que se portou mal, trocou as renas por mísseis para se transportar e os drones para a entrega das prendas que temos recebido. Foi nessa altura que a mãe falou em prendas, que Alyona, a mais pequenina, mas também a mais frágil da família, quis intervir. 
 
- Mãe, que bom, vamos ter prendas, muitas prendas!
 
Mas o que é que uma mãe despojada de tudo e abandonada por todos, menos  pelo medo e amor pelos seus filhos, pode responder à inocência de uma criança?
 
Entretanto, Anatóli, o mais velho dos três filhos, triste e prostrado, lia pedaços de jornais de datas prósperas e felizes, quando a sua mãe lhe pediu:
 
- Anatóli, vai ver se já chegou a carrinha da FAO e se consegues trazer alguma coisa para comer e beber.
 
A muito custo, pela fraqueza dos seus músculos e pela tristeza que o assolava, lá subiu ao inferno. Pouco depois ouviu-se um ruidoso estrondo que só não provocou a destruição de portas e janelas porque já não existiam, assim como os gritos dilacerantes dos poucos habitantes que ainda existiam. Pouco depois se soube que o Pai Natal tinha deixado mais umas prendas a este triste povo e o Anatóli jamais voltaria aos vivos com água e comida. 
 
Se o Natal representa o nascimento ou o local onde alguém nasce, que nome tem ou deveria ter, o local onde alguém morre? 
 
 

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